- guia de um ordinário vernáculo -


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

IV

IV

Eu arquejo, sinto falta de ar,
uma doida vontade de gritar,
eu arquejo, dou uma volta,
volto já,
eu só queria brincar.

Eu arquejo, sinto falta de ar,
onde está você, vem me
acalmar,
eu anseio,
vem me abraçar,
me dá a mão, menina,
vem se apaixonar.

Eu arquejo,
grito a presença do ar,
é simples, querida,
é hora de tentar?
é hora de parar?

Sinto saudades, menina,
do que nunca vivemos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

MEUS SUSSURROS

MEUS SUSSURROS

Hoje eu poderia até cantar.
E te gritar que me dê uma chance,
que me deixe gostar sem medo,
sem muitos desesperos,
sem precisar das aflições,
sem precisar das correções...

Eu poderia te gritar que
você fala coisas mais complicadas
que a mais confusa Esfinge,
que os enigmas que você começa
a propor ao meu coração me deixam
atarantado,
atrapalhado,
desordenado,
até meio apaixonado.

Mas eu te grito, meu bem,
que gosto de ser pequeno
quando estou com você,
que gosto de estar perdido
nesse labirinto
onde te acho a cada vez que me perco
e que fico feliz por poder gritar
(beijar)
que esse não é o último poema...

Esse é o terceiro de muitos...!


16/11/2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

VENTANIA

VENTANIA

Fechei os olhos
(profundo).
Caminhei
(soturno).

Me joguei
(bêbado).

E o vento uivante continua a me levar
para longe do fundo do meu abismo.

04/11/2010