- guia de um ordinário vernáculo -


terça-feira, 24 de agosto de 2010

DOMINE, AD QUEM IBIMUS?

DOMINE, AD QUEM IBIMUS?

Criança, criança minha!
Não se desesperes: tudo acabou!
O momento que tanto temias chegou!

Criança, criança minha!
Alegre-se!
Tudo começou, tudo acabou,
tudo se revelou, a verdade se desnudou!

Criança, porque choras?
A traição é o passatempo do leão...

Não chores, não temas,
foram anunciados os temores
guardados por tanto tempo no
teu coração...

Criança, criança minha!
Não chores se houve decepção...
O seu coração está limpo da corrupção,
a hipocrisia alheia não te pertence,
não fique preso ao chão.

Sei da dor,
sei da dor,
criança
minha,
mas não se afaste
do que é verdadeiro...

Sei, eu sei,
criança minha,
que pouca verdade há:
o joio é numeroso,
mas as trombetas estão esperando
o dia e a hora para tocarem...

Quem não te ouve,
quem te calunia,
quem não ouve meus avisos
de parusia,
esqueceu-se do início, criança minha...

O bom tempo, o bom combate,
o santo resgate, a melhor parte...
Eu não estou dormindo...

Por isso,
não temas,
não temas,
criança minha...

Afinal,
a verdade
te
liberta...