A CARNE DE MENTIRA, POESIA.
tenho tanta vontade de falar
apesar de voz pequena:
ficará, é meu consolo, qualquer registro
do que trepou como folha
no centro do meu pensamento, meu olho.
minha voz é minha vó,
minha figura de proa,
eu nos meandros das mentiras de menino,
e tanto vi, e tanto falei,
e tudo viam mentira,
quando era desejo de falar
o que eu queria, o que em poesia eu via,
meu isolado vinho, a voz falha,
histórias compridas.
tanta fragilidade em minha voz,
e tanta voz escorre nas mãos,
guiando compasso e leme, maestro de mim,
as mentiras de adulto dançando na luz do fim,
meus mal entendidos gestos,
sempre pensaram o mal aqui,
quando era tudo desejo de falar,
pintar minha boca de carmim.
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