AUTORRETRATO AOS 18 ANOS
sim sofro ao ouvir o silêncio
sou volúvel e volátil mas detesto o ruído o barulho
por não encontrar ninguém essa incrível incapacidade
que possa me decantar de não calar
corro Daquele Outro Amor vivo procurando
mas não sei viver fora a forma de libertinar
do Seu Olhar a santidade escancarada nas veias
sim sim
existem os gritos há a absurda falta
as risadas e os meus amigos que tudo
mas também me faz
o claustro fechado e me deixa assim
escondido pelo sorriso cansado efusivo
melancólico
triste
sim há a busca incessante
estou incompleto por algo invisível
nasci incompleto por algo firme
sou por-acabar algo que eu possa me agarrar
sim
quem me forma
ainda não chegou
e meu eterno vício
é o de todas as noites
perguntar:
e você?
será que vai chegar?
não
não compreendo o meu lugar
mas algo me diz
profundo
que minha vida será
amar
amar
amar
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
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