- guia de um ordinário vernáculo -


terça-feira, 27 de maio de 2014

DESOLAÇÃO

DESOLAÇÃO

o silêncio marcado a fogo
bocas torcidas, dedos feridos
olhos estéreis
solo e sal

em sua lista costurada
o nada que sangra
e minhas veias entupidas
de vazias esperanças

o fogo inconstruído
língua, névoa dolorida
sua figura que grita
e o olhar ensaiado
antes só dado

a gigantes suicidas.

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