dizem que estão nos anéis de saturno
homens noturnos
falam soturnos essas rimas
que só servem para a repetição
infinita – vida eterna à poesia
que não serve pra nada
só serve para o meu nada
não tente ver como são
os homens
se assustaria pois se veria
na contradição que forma
o puro átomo da presença
que constitui o enorme vazio
que institui a vida nesses
dias estranhíssimos em que tentamos não viver
cheio de ciúmes
de rara espécie
inexplicável injustificável
impossibilitado de colocar
a ciumeira para fora
para outro universo
para outro planeta
quiçá para outra freguesia
outra distante mas vizinha
que o ciúme me deixa
morto mas calmo
por me saber mais louco
vou me descobrindo
volúvel
mais que volúvel
inconstantemente irresolúvel
20/04/2011
1 comentários:
Como tem tempo que não venho aqui! Sucesso, lindão! Bjos
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