POÉTICA DA SEPARAÇÃO
quando meu peito exala dor
mas meus olhos gritam por ar
e meu corpo se contorce por cor
minha boca deve gritar.
quando pensar for inútil
e restar apenas o existir
e o mundo silenciar a música
terrível é ter que sentir.
quando lembranças arranharem
e encontrar letras perdidas for soco
caminharei para o abismo
aqui dentro ainda é oco.
quando tudo se tornar ontem
e os milênios me deixarem
talvez a esperança nasça:
amanhã se constrói no pouco.
0 comentários:
Postar um comentário