- guia de um ordinário vernáculo -


sábado, 24 de agosto de 2013

POÉTICA DA SEPARAÇÃO



POÉTICA DA SEPARAÇÃO

quando meu peito exala dor
mas meus olhos gritam por ar
e meu corpo se contorce por cor
minha boca deve gritar.

quando pensar for inútil
e restar apenas o existir
e o mundo silenciar a música
terrível é ter que sentir.

quando lembranças arranharem
e encontrar letras perdidas for soco
caminharei para o abismo
aqui dentro ainda é oco.

quando tudo se tornar ontem
e os milênios me deixarem
talvez a esperança nasça:
amanhã se constrói no pouco.

0 comentários:

Postar um comentário