e eu não temi a morte
mas lamentei o tempo
e minha incapacidade
me senti tão outro
que chorei o amor
de outro e suspirei
no seu lugar
foi como capturar
um vento de viagem
- um daqueles que
nos dizem que você
pode voar,
mas nunca ficar -
e eu entendi por inspiração
que a poesia está deitada
nua e esparramada
esperando meu beijo
meu aceno
meu aperto ali no chão:
um homem sorriso
andando e com o coração
fincado no mundo velho
me disse com suas linhas
construídas
tudo o que
a poesia
queria
e a poesia
me queria,
foi o que
me disse
o homem
e as suas
fotografias.
02/10/2013
02/10/2013
0 comentários:
Postar um comentário