SENHORA ACORRENTADA
a secura do poço
é o fogo perpétuo
criando dilúvios de vento
destruindo as barragens
dos meus inventos
a areia sufocando
minhas vidas e os dedos
e sempre o medo do
tempo
senhor cruel da musa escrava
agora sofrida, agora lacaia
poderia vir o desespero
e as pragas pestilentas
invadindo minhas dunas
destruindo o silêncio
da ágora vazia
mas a água liberta
o duro das pedras
e meus deuses adormecidos
acordaram enlouquecidos
com o batuque de outras
feras.
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