- guia de um ordinário vernáculo -


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

E EU SINTO SAUDADES

E EU SINTO SAUDADES

Meu pai chegou e falou: “não se esconda”,
e então eu sorri, não me escondo, sinto
sei lá o que vindo de sei lá onde,
um sorriso e algumas certezas.

Fujo do amor inocente despido, nu simplesmente,
dos olhos que me perguntam muitas coisas que
não quero responder.

Corro, os olhos me seguem, não me acorrentam.
Corro, Ele me olha, me espera, minha rebeldia
sente imensas saudades do seu abraço e do seu
silêncio.

Crer.
Crer é a benção (ou a maldição) que me persegue.
Creio sem muitas escolhas.
Não quero crer, não tenho escolhas.
Creio.

Meu pai chegou e falou: “não se esconda”.
Não me escondo, pai:

Ele me vê.


01/10/2010

1 comentários:

DudA Frozen disse...

Bravíssimo!
Um poema para refletir mesmo...
Não podemos nos esconder Dele, talvez de nós mesmos sim...mas nunca Dele; é como vc disse: Ele nos vê.

adorei.

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