- guia de um ordinário vernáculo -


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

NEM TENTE ENTENDER

NEM TENTE ENTENDER

Dentro da solidão, da emoção,
do calor da falta que tudo faz nas
minhas mãos, do surpreendente apego
do meu coração, da rítmica cadência

do meu bordão, é simples entender
o que me faz ficar aéreo, voando,
alheio ao borrão de luz e cores que
movimenta o clarão do dia que se encerra...

Gosto tanto que no fim já cansei
quero tanto que no fim tanto faz
desejo tanto que no fim desejo mais.

A grande loucura é a mudança de tudo,
de hoje amada para antes amando,
antes atenta, hoje nem tenta!

Mas vê lá, olha o que vou te dizer:
quebro o soneto para poder escrever
que o ciúmes que sinto é maluco, maluco,
te chamo, te sinto, te pinto outra, te imagino
solta, te quero minha.

Por quê?

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