SAGRADO
BILHETE
as poesias
que eu repito são
as minhas
verdadeiras orações.
as que não
revelo ao papel e
ficam presas
dentro de mim
são meus
verdadeiros pedidos
de
libertação.
aqui é lei
marcial, é guerra,
não há
bandeira de paz.
sou fruto
dos saques das batalhas
e mesmo no
silêncio minha voz
ecoa errada.
me insulto.
me acho absurdo.
não há alma
para prostituir.
seu mérito
de me ter acolhido
há muito foi
consumido pelas
loucuras da
sua ira.
estou errado
de achar que meus
aliados são meus
inimigos e choro
pelo seu
futuro solitário e mudo.
minhas orações
são escritas
e empilhadas
em bilhetes dobrados
e a minha
diferença é que
não os enfio
em fendas ocultas do
muro das
lamentações:
jogo aos
olhos despidos de vendas.
ao vento dos
que podem entender.
me protejo
com palavras vacilantes.
espero que
Ele possa me defender.
20/06/2012
1 comentários:
Anhh os livros q anda lendo
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