CANÇÃO DO OUTRO
minha
angustia é só
a capa
empoeirada da solidão.
lamento o
passado de silêncio
e ansiava
pelas mãos dadas.
cavalguei
reinos e fui herói
e sem
ninguém saber chorei
entre
lençóis, mas venci e inimigos
frios caíram
aos pés de mim.
hoje amo e
tenho
mas medo dói
e me calo
tranco
minhas portas comportas
portais
penduro
minhas tristezas em varais
e ninguém as
vê
(só aqueles
que forem ursos iguais
a mim):
leões.
mas nem tudo
é silêncio
e há os
gritos dos raios
de festas e
fantasia
enquanto o
meu eu
calado e
fechado
dança em
labaredas
de
lembranças
e aguarda o
ombro
o telefonema
o dizer a
resposta
a dança:
essa burra
burra
burra
esperança.
18/07/2012
2 comentários:
Muito lindo e calou-me a alma profundamente Mateus!Escreveu para mim...
O final, o final...Tchamramram...bastante condizente.
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