- guia de um ordinário vernáculo -


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

LUXÚRIA

LUXÚRIA

Bebo-me, como-me, seduzo-me,
sou o meu próprio manjar,
sou meus olhos de fogo que
ouvem mais que deveriam
ouvir,
ouvidos que buscar ver mais
que deveriam ver.
Desnuda-se em minha mente,
eu próprio, vamos eu e eu
nos amar na ardente sala
do inferno:
luxúria.
Dissipo preconceitos, sou meu,
rapaz, muitos doidos que se
deitam sobre nada,
o mel que escorre sobre
a boca fechada, a pele
marcada na triste sala
do inferno, amada:
luxúria, amada...
Sem demônios não sou nada,
sou página conservada, raiva
controlada, o gemido orante,
amada...
É só sonho, amada.
Loucuras, amada.
E tudo é de verdade:
mentiras, amada,
inferno, amada.
Minha Luxúria é você nua em pelo, amada, Uma Leoa, amada, totalmente desengonçada, esparramada, dilacerada, doida, amada.

Inferno, amada.


09/09/2009

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