Quando passo por esse corredor
cheio de vozes e murmúrios
ouço farpas que machucam
essa minha consciência desgastada.
Meu coração não é muito grande,
só vê o universo em seu fim e grita
que gosta de dor e é bom em fazer doer.
Eu passo pelos corredores que
murmuram contra mim, minha
alma é cheia de defeituosas sinapses
e grita que gosta de dor e é boa em fazer doer.
Eu existo porque é inevitável viver,
mas não fico por que necessito, só
estou de passagem, sou peça decorativa
que gosta de dor e é boa em fazer doer.
Eu só sou abraços estranhos que rasgam
muitas epidermes e que fazem olhos redondos
e normais chorarem lágrimas de sangue:
olhos que gostam de dor e são bons em fazer doer.
Ê, ê, ê, meu corpo nu e feio,
meu corpo nu e lindo,
meu corpo no frio, no fogo,
meu corpo na noite, no dia,
meu corpo e a dor e as assas (cortadas)
ê!
É vida, é dia, é noite, é aurora, é corpo!
Corpo que é alma e que gosta de dor
e
é bom
em fazer
doer.
02/09/2009
1 comentários:
quando eu crescer quero ser que nem você :)
muito bom, theuzinho, muito bom.
você não é tão mau assim, aiuhsiuhai (L)
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