NOVOS LAÇOS
Deixo que você entre na minha
mente pelo céu, pela boca, pelos olhos
e entre os beijos e os abraços
nossa paixão se transfigura no toque
da pele, da carne. Somos vermelhos
e roxos somos todas as cores vivas
e sensuais nos sonhos e nos beijos e nas
conversas você é luz é cristal é multiplicação
de sentimentos, você é palavra e sensações
criadas e nascentes no querer. Aprendi a admirar
seus olhos, menina dos meus olhos, e quero
o toque da minha pele mais livremente
sobre a sua e mais laços entrelaçados:
nossa paixão se transfigura na alma.
29/10/2009
sábado, 31 de outubro de 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
O RISO DE DEUS
O RISO DE DEUS
Deus deve rir muito da gente.
Não um riso de escárnio: Ele é incapaz disso.
Mas deve rir um riso complacente, um riso de amor,
ternura.
Deus deve rir muito da gente.
Nós fingimos que entendemos muito Dele
e queremos sempre enjaulá-lo,
nós achamos que Ele está só nos altares,
preso nos sacrários,
achamos que Ele realmente se importa com dogmas
e com heresias.
Deus deve rir muito da gente,
essa gente que olha para cima e se
esquece de olhar para os irmãos,
essa gente que olha para cima e não
percebe que Deus está dentro de nós
e em todo lugar...
Nas células e nas pedras,
nas lágrimas e nos risos,
na beleza do comum,
no milagre de mais um dia.
Deus é tão simples!
Deus é vento simples,
gargalhada simples,
palavras simples,
simplesmente espírito.
Deus é tão simples!
Não nos afastemos disso...
Deus é livre e é simples,
Então porque diabos queremos complicá-lo tanto?
Não está preso em um ou em outro,
não vive nos livros...
Vive em nós...
Sim... Deus deve rir muito da gente
e é louco para nos abraçar...
Deus deve rir muito da gente.
Não um riso de escárnio: Ele é incapaz disso.
Mas deve rir um riso complacente, um riso de amor,
ternura.
Deus deve rir muito da gente.
Nós fingimos que entendemos muito Dele
e queremos sempre enjaulá-lo,
nós achamos que Ele está só nos altares,
preso nos sacrários,
achamos que Ele realmente se importa com dogmas
e com heresias.
Deus deve rir muito da gente,
essa gente que olha para cima e se
esquece de olhar para os irmãos,
essa gente que olha para cima e não
percebe que Deus está dentro de nós
e em todo lugar...
Nas células e nas pedras,
nas lágrimas e nos risos,
na beleza do comum,
no milagre de mais um dia.
Deus é tão simples!
Deus é vento simples,
gargalhada simples,
palavras simples,
simplesmente espírito.
Deus é tão simples!
Não nos afastemos disso...
Deus é livre e é simples,
Então porque diabos queremos complicá-lo tanto?
Não está preso em um ou em outro,
não vive nos livros...
Vive em nós...
Sim... Deus deve rir muito da gente
e é louco para nos abraçar...
21/10/2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
ISSO QUE ACONTECE TODOS OS DIAS
ISSO QUE ACONTECE TODOS OS DIAS
pois nada é o que parece ser.
Era uma vez um menino muito calado,
nunca cantava algo, era cheio de tato,
muito fechado, parado, mascarado.
Era uma vez uma menina falante,
sempre muito cantante, cantarolante, cheia
de vida dançante, muito pulante, poesia
saltitante, ela mesma.
Era uma vez os dois e nada os unia
e ela renegava suas paixões e ele vivia.
Só vivia, dormia, sumia
dentro de si.
E as risadas da menina
morriam na seriedade do menino.
Ele ereto, palavras baixas.
Ela movimento, gritava.
E um olhava para o outro,
quietos.
Rápidas conversas,
poucas palavras,
nenhum sentido,
nenhum sentimento.
E cada um vivia sua vida,
estradas que não se cruzavam,
iam distantes e se não fosse os
sonhos da menina teriam
morrido separadas.
E ela foi ficando inquieta,
com vergonha de olhá-lo e ele
foi percebendo os olhares que lhe
eram lançados e simplesmente
continuou vivendo.
As mãos não se tocavam,
as vozes não se embaraçavam,
amavam?
A paixão da menina foi
consumindo o dia, foi matando
as semanas e os meses eram
feridas mergulhadas em álcool,
ela se sentindo no topo da vida
morrendo lentamente e foi
amando, amando ah! meu deus
ela foi definhando olhando
sonhando morrendo sorrindo
chorando menino olhe para mim oh
por favor meu deus eu o quero e uma
vergonha e foi morrendo, morrendo...
morrendo...
E no topo do mundo se
jogou no abismo de si mesma
por causa do sumiço da felicidade,
e em plena queda arrancou o
coração e quando se desmembrou no
chão já estava morta e sua
alma tinha sumido nesse mundo,
triste mundo.
O menino soube da queda da menina,
mas simplesmente continuou a viver
calado, envergonhado da vida e desinteressado
das palavras ouvindo música e olhando.
Simples e manso.
Olhando, nunca assumindo sua quietude.
Olhando, vivendo, sumindo dentro de si,
e continuou vivendo.
E eu, o narrador dessa história, olhei por
muito tempo para os dois e no decorrer
dessa melancolia abandonei as rimas e olhei
para os dois.
Os dois mortos por dentro, metaforicamente
mortos mas que continuavam a andar a viver
a serem indiferentes à felicidade e ao amor
porque estavam mortos.
Quando o trem do amor passou
em suas vidas foram esquecidos na estação,
logo eles! que deveriam ter percorrido a
locomotiva de mãos dadas!
Desiludidos, lançaram seus bilhetes
ao vento e ninguém os apanhou.
pois nada é o que parece ser.
Era uma vez um menino muito calado,
nunca cantava algo, era cheio de tato,
muito fechado, parado, mascarado.
Era uma vez uma menina falante,
sempre muito cantante, cantarolante, cheia
de vida dançante, muito pulante, poesia
saltitante, ela mesma.
Era uma vez os dois e nada os unia
e ela renegava suas paixões e ele vivia.
Só vivia, dormia, sumia
dentro de si.
E as risadas da menina
morriam na seriedade do menino.
Ele ereto, palavras baixas.
Ela movimento, gritava.
E um olhava para o outro,
quietos.
Rápidas conversas,
poucas palavras,
nenhum sentido,
nenhum sentimento.
E cada um vivia sua vida,
estradas que não se cruzavam,
iam distantes e se não fosse os
sonhos da menina teriam
morrido separadas.
E ela foi ficando inquieta,
com vergonha de olhá-lo e ele
foi percebendo os olhares que lhe
eram lançados e simplesmente
continuou vivendo.
As mãos não se tocavam,
as vozes não se embaraçavam,
amavam?
A paixão da menina foi
consumindo o dia, foi matando
as semanas e os meses eram
feridas mergulhadas em álcool,
ela se sentindo no topo da vida
morrendo lentamente e foi
amando, amando ah! meu deus
ela foi definhando olhando
sonhando morrendo sorrindo
chorando menino olhe para mim oh
por favor meu deus eu o quero e uma
vergonha e foi morrendo, morrendo...
morrendo...
E no topo do mundo se
jogou no abismo de si mesma
por causa do sumiço da felicidade,
e em plena queda arrancou o
coração e quando se desmembrou no
chão já estava morta e sua
alma tinha sumido nesse mundo,
triste mundo.
O menino soube da queda da menina,
mas simplesmente continuou a viver
calado, envergonhado da vida e desinteressado
das palavras ouvindo música e olhando.
Simples e manso.
Olhando, nunca assumindo sua quietude.
Olhando, vivendo, sumindo dentro de si,
e continuou vivendo.
E eu, o narrador dessa história, olhei por
muito tempo para os dois e no decorrer
dessa melancolia abandonei as rimas e olhei
para os dois.
Os dois mortos por dentro, metaforicamente
mortos mas que continuavam a andar a viver
a serem indiferentes à felicidade e ao amor
porque estavam mortos.
Quando o trem do amor passou
em suas vidas foram esquecidos na estação,
logo eles! que deveriam ter percorrido a
locomotiva de mãos dadas!
Desiludidos, lançaram seus bilhetes
ao vento e ninguém os apanhou.
9/10/2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
MINHA OPINIÃO SOBRE A PLATÉIA
MINHA OPINIÃO SOBRE A PLATÉIA
Meninos, multidão,
vocês ladram feito um cão
raivoso e gritante e chato que
nunca fica calado.
Observem os fatos e então fiquem
parados, seus gritos são o
dedo afiado que, apontado
para os outros, ferem o
próprio dono, ignorância profunda
dos idiotas que seguem a multidão
tosca, falta de tato.
Eu sou os outros que
servem de tiro ao alvo
para seus preconceitos,
sou o menino que pula
na cadeira e ouve risos,
que grita e ouve vaias,
que vence e ouve silvos
sibilos, ganidos, animais feridos.
Meninos!
Multidão humana ferida,
segue maria vai com as
outras, as outras, meninos,
multidão!
Chatos!
Vocês param o fado!
Alagam o charco,
sufocam os atos,
despersonalizam o papo,
a dança, o verso,
o teatro.
Engulam-se, pedras!
Não absorvem o sentido
e os fios de ouro que saem
dos corações das pessoas
e andam secos de sentidos,
gritam idéias falsas,
tão idiotas!
Meninos!
Meninas!
Multidão confusa,
confusão confusa,
pessoas confusas.
Chatos!
Continuem assim e no
acordar do caminho perceberão
que perderam irrevogavelmente
a chance de serem
ALADOS...
Meninos, multidão,
vocês ladram feito um cão
raivoso e gritante e chato que
nunca fica calado.
Observem os fatos e então fiquem
parados, seus gritos são o
dedo afiado que, apontado
para os outros, ferem o
próprio dono, ignorância profunda
dos idiotas que seguem a multidão
tosca, falta de tato.
Eu sou os outros que
servem de tiro ao alvo
para seus preconceitos,
sou o menino que pula
na cadeira e ouve risos,
que grita e ouve vaias,
que vence e ouve silvos
sibilos, ganidos, animais feridos.
Meninos!
Multidão humana ferida,
segue maria vai com as
outras, as outras, meninos,
multidão!
Chatos!
Vocês param o fado!
Alagam o charco,
sufocam os atos,
despersonalizam o papo,
a dança, o verso,
o teatro.
Engulam-se, pedras!
Não absorvem o sentido
e os fios de ouro que saem
dos corações das pessoas
e andam secos de sentidos,
gritam idéias falsas,
tão idiotas!
Meninos!
Meninas!
Multidão confusa,
confusão confusa,
pessoas confusas.
Chatos!
Continuem assim e no
acordar do caminho perceberão
que perderam irrevogavelmente
a chance de serem
ALADOS...
07/10/2009
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