- guia de um ordinário vernáculo -


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

HISTORINHA CASEIRA

HISTORINHA CASEIRA

Bastam-se.
Amam na solidão do nada,
sem antropologia,
no caipirismo de uma vida calma,
regada à sons antigos, naturais, rurais.

Bastam-se e amam e morrem
na solidão da mata, da casa,
da sala varrida, das visitas,
do dia que sempre vem
sem grandes pompas e
sem sensível pobreza.

Se bastam, se bastam, sozinhos,
à noite se completam quando se deitam
e em volta da cama colocam o mosquiteiro,
e a vaca muge e o corpo empapado de suor
exala um cheiro de família.

Sem complexos, se completam
porque tendo uma roça só deles
encontraram a verdadeira paz.

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