- guia de um ordinário vernáculo -


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Querida,

Querida,

O que fazer quando o desespero começa a fazer efeito? O coração se aperta de uma forma tamanha que a dor não é imaginável, o medo torna-se constante, a saudade é delirante: uma febre sempre alta sempre alta sempre alta.
Peço, suplico, eu grito. Mas seus ouvidos estão fechados seus olhos estão fechados sua boca está fechada.

Eu peço.

Eu grito.

Eu choro.

E pergunto a você: quem lhe ordenou a ficar insensível aos clamores meus? Alma minha deságua aos teus pés e você corre dela como pessoa que corre das ondas fracas do mar que morrem na areia de uma praia, você foge.

E eu...
E eu!
E eu.

E você, uma estátua fria e sem vida.
Olha, menina. Eu te chamei de ‘petit’ muitas vezes e você se derretia. Mas quando te chamo de ‘petit’ agora você vira o rosto para o outro lado.
Olha, olha como estou.
Você é má. É a única coisa que posso concluir.
Sabe,
Eu sofro agora e você não sofre.
Daqui a pouco sofrerás e eu rirei.
Porque estou aprendendo com você a ser mau. O vilão. Estou aprendendo com você o maniqueísmo. E pronto.
Eu quase que morri,
Mas vou sorrir! (porque as horas passam e os sentimentos não são eternos)





Olha só, já estou começando a sorrir.


29/01/2010

p.s.: você ainda não entendeu que quero te apagar da minha vida?
você foi apenas um sonho ruim.
acordei.

1 comentários:

ticiana disse...

muito perfeito, theu!
e mais... sei pra quem é, e sei pra que outro lado ela olha! ahahahahha brincadeira! ;*

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