- guia de um ordinário vernáculo -


terça-feira, 17 de maio de 2011

REVIRA VAI E VOLTA

REVIRA VAI E VOLTA

há uma censura na minha
forma de sentir e agir o presente

cuido para que o verbo errado
não entregue o verso
que tento esconder de você

sorrio e grito
efusivo
mas continuo morto
passivo de tudo
terra improdutiva e perdida
tudo plantando nada dá

meu desejo é escrever
abertamente sobre o Não
e sobre o convencimento que
meu coração impiedoso insiste
em não acreditar:
me prendi e me joguei no mar

mas há a ditadura imposta (por mim)
que persiste em me derrotar
desminto os gestos do dia e me rendo
cativo que não consegue se revoltar

vejo a felicidade
que eu poderia ter
enlouqueço estremeço
não obedeço

a questão é que
me vejo
humano

me querendo
insano

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