MEDITAÇÃO REMOTA
escorrem de minha boca
tentativas e cansaços
o fio de ouro, a bússola pura
um labor, um ofício, a língua sem melodia
o pensar e delírios, vagas querências
de raízes, espíritos, críticos
enjaulados, feridos, inúteis.
meu ofício, labor de onda quebrada,
não salva, não constrói passos, caminhos.
tenho sempre o peito ardendo,
algo que não é a fúria, mas a inutilidade
escarrada, meu falar inócuo.
são vidas em fomes, resignar contido,
a textura em úlcera, a telementira.
meu choro partido, arma, palavra,
tentativas vazias.
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