Claro, sinto saudades dos meus amores, das minhas meninas, das minhas poesias, de um beijo ou de outro que nunca aconteceu, de uma cena, de um abraço, de uma pessoa e de uma multidão alucinada. Vivo no meu centro e as memórias passeiam vagamente ao meu redor em elipse. Eu rio de mim. Nada do que escrevo faz sentido, mas eu nunca pedi que alguma coisa em minha vida fizesse sentido. Sou fadado ao riso louco, ao riso doido. Ah, o riso, o riso.
Minhas memórias são minhas melhores amigas e eu me debruço sobre meus amores do passado. Olho os amores do presente. Não me sinto só. Mas alguma coisa saiu de mim. Estou completo, mas alguma coisa saiu de mim. Estou feliz, mas estaria transbordando uma felicidade infinitamente louca se não fosse fadado ao riso doido.
Transformei as personagens de minha mente em estátuas que preenchem em peso o saguão dos meus pensamentos. E agora espero a emoção final que abalará as estruturas de minha alma e que fará com que estátuas dancem e falem aos quatro cantos do mundo como eu sou louco.
8/11/2009
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