você vai ser
mais um amor
que jamais tive
e estou me esforçando
para pintar o teu retrato
e colocá-lo na vasta
galeria dos suspiros passados
devo isso ao seu amor
devo respeito a quem te tem
devo amor ao meu próprio amor
vago amor que me tenho também
renuncio
abdico
pulo as liturgias do luto
o odor sonoro e fúnebre
dos adeuses
com esse poema árido
(pateticamente
ridiculamente
renitentemente
romântico)
me despeço e ouço Bach:
não aguento mais
esperar
e
inventar
10/05/2011
2 comentários:
Tudo tão claro agora! Transparente feito água...
É, Cazuza, só quem se mostra se encontra.
P.s.: Carol é fofa. hahahaha
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